09 março 2009

EXCOMUNHÃO

Desculpe, mas eu não quero fazer parte de uma comunidade em que o estuprado que corre risco de morte devido à gravidez decorrente do crime é excomungado, enquanto o estuprador cometeu apenas uma "falta grave".

Falta grave se comete no futebol. O que esse padrasto fez com a menina - quer dizer, fazia com a menina desde os 7 anos de idade, bem como com a irmã deficiente mental de 14 anos - é abominável. Isso faz dele um monstro, um ser abjeto, uma aberração. Esse sim, deveria ser excomungado, e mais, deveria ser banido da sociedade.

Eu quero fazer parte de uma comunidade onde as leis podem ser sobrepujadas pela situação que se apresenta - não, não sou a favor da anarquia, mas sim de que certas situações são mais urgentes q uma lei canônica -, em que o indefeso não são os fetos, mas uma menina de 9 anos abusada pelo padrasto e portadora de uma gravidez de alto risco. Em que os médicos não são vilões quando optam pela vida e retiram os fetos em uma fase que o próprio Santo Agostinho os considerava desprovidos de alma.

E agora, senhor Bispo de Olinda e Recife?
Vai excomungar Santo Agostinho tb?

Um comentário:

. disse...

Quero fazer parte de uma sociedade em que a mulher decide o que fazer com seu próprio corpo, e não leis patriarcalistas vindas de um estado supostamente laico, mas fortemente escorado na moral católica