27 julho 2010

CENTRAL DA PERIFERIA

Como todo mundo já sabe, sou buseira agora.
Pego um ônibus para ir até um certo ponto e um segundo para ir para minha casa. Como saio sempre no mesmo horário, normalmente pego o mesmo ônibus, desço e pego o outro mais ou menos no mesmo horário.
E eis que um belo dia, tô no ponto e começo a ouvir um cara gritando:
- Ei, linda, princesa, olha aqui.
Nem dei bola, bando de gente desclassificada mexendo com as meninas na rua!
- Japonesinha lindaaaaaa!
Sabe quando sua cara fica vermelha mais rápida que o 0 a 100 de um Porsche?
Sorte que meu ônibus chegou logo e me salvou da humilhação pública.
O pior?
Nos dois dias seguintes, eu tava no ponto e o cara passou por lá, fazendo escândalo.
Isso já faz uns dias, mas ainda "encontro" com ele por vezes, mas as comemorações andam menos "esfuziantes".
Ele dá uma buzinadinha e eu, um tchauzinho.
É engraçado, vai. Mas o que eu queria entender mesmo é o que foi que eu fiz para conhecer essa gente que eu nem conheço?

Nota mental: Preciso mudar o meu itinerário. Vai q o cara é meio Mizael?

26 julho 2010

NÃO É FÁCIL...

Romper com pessoas que você considera importantes na sua vida é sempre difícil.
Tá certo que não tive grandes traumas nesse sentido, mas eu fico muito mal quando alguém de quem eu gosto de verdade passa a não fazer mais parte da minha vida.
Lembro que aos 16 anos, eu namorei meu melhor amigo. Assim, era o cara que estava sempre ao meu lado, estudávamos na mesma sala, almoçávamos juntos, estudávamos juntos, treinávamos volei juntos, andávamos abraçados, de mãos dadas e eu achava ele o máximo, mas assim, amigos... Só que um dia ele me contou que a maior vontade dele era me beijar, e aí a burra deixou rolar. Aí eu me apaixonei, namoramos por seis meses e ele decidiu que não ia dar certo. Foi algo que me fez levar 5 anos até me apaixonar de novo.
Quando o colegial terminou, me deu um aperto no coração, porque cada um foi para o seu lado. Uns para a Engenharia, outros para a Odontologia, outros para a Administração, Arquitetura, Direito... Assim, a gente não ia mais se ver todos os dias. Alguns sim, mas por exemplo, só eu, da turminha mais próxima, entrou na FEI... Os outros eram mais inteligentes que eu e entraram na USP. Entre o último dia de colegial e o primeiro de faculdade, eu me sentia uma das criaturas mais infelizes do mundo.
Aí a gente entra na faculdade e conhecer novas pessoas. Novos amigos, com os mesmos interesses que você. E a vida vai ficando menos escura. Só que, três anos depois, você tem a certeza de que escolheu errado. E o que faz? Recomeça. Mais seis meses de MUITA tristeza (mas foi muita mesmo) indo para o cursinho, estudando que nem uma louca e dessa vez, passando na USP. E entrei para um grupo de jovens. E fiz um novo melhor amigo, com quem eu encontrava todo o fim de semana, encontrava para almoçar (ele também estudava na USP), à tarde e no final do dia, ainda nos telefonávamos para conversar.
Um belo dia, ele desmancha da namorada (ele conversava mais comigo do que com ela) e poucos dias depois, vira para mim e fala: "Estou apaixonado por você". E eu não estava, mas gostava tanto dele como amigo, como pessoa, que sabia que se eu dissesse não, a relação se romperia na hora, mas que eu podia tentar. E a gente tentou, de novo eu me apaixonei e dois anos depois, de novo, eu entrei com a bunda e ele, com o pé. As circunstâncias desse rompimento foram um pouco mais complexas do que o simples "não te quero mais". E foram mais 5 anos até eu conseguir superar o moço - sei lá se totalmente, às vezes acho que se esse cara, ou aquele dos meus 16 anos, aparecesse na minha frente com uma proposta indecente, se eu diria não.
Foi quando eu conheci meu ex-marido, que nunca foi aquela coisa do sangue ferver. Mas eu estava muito cansada do meu sangue fervendo, sem contar que eu sempre gostei (gosto) muito dele e em quem confio totalmente, para quem eu daria a mão, fecharia os olhos e pularia no escuro. Foram 7 anos muito bons e 9 meses ruins, os 6 últimos muito ruins. E dessa vez, quem tomou a iniciativa fui eu. Pelo menos ainda somos bons amigos, mas foi muito difícil. A gente tem de fazer o que a gente tem de fazer, mas passamos quase 8 anos juntos e as grandes transformações, algumas vitórias e algumas perdas que aconteceram nesse tempo, ele estava do meu lado, sempre.

Eu dar a esse post um grand finale maroto, mas não consigo. O fato é que eu estou às vésperas de mais um rompimento. E apesar do pouco tempo, é tão complicado quanto os outros. Talvez pior, porque a situação arrebenta com tudo o que eu acredito em relação a relacionamentos, subverte coisas que me são muito caras, rompe com meus princípios e me rebaixa (calma, não me enrolei com nada que envolva a criminalidade). É muita falta de consideração, de respeito, de palavras da boca pra fora e de promessas não cumpridas. E ainda assim, é tão difícil...

Nota mental: Promessas foram feitas para serem cumpridas. Dia 10 de agosto tá aí.

23 julho 2010

NAÇÃO BUSEIRA

Há exatamente 17 dias estou deixando meu carro em casa para trabalhar de bus. Não que eu seja uma pessoa verde ou preocupada com o planeta. Até sou, mas deixar o carro em casa significa uma economia de 70x4 (combustível pelo número de semanas) + 150 (mensalidade do estacionamento) - 120 (mais ou menos o que eu vou carregar ao mês no Bilhete Único), que dá uma simpática economia de 310 reais ao mês. É bom demais, principalmente pq ao dia, vou gastar no máximo 30 minutos a mais entre ida e volta em relação ao que gastaria de carro.

O problema é que se no carro posso me entregar a meus pensamentos solitários, maléficos, de dominação ou qualquer vibe que me atinja no dia, no coletivo, além de não compartilhar os meus comigo mesma porque eu sou discreta e reservada e talz, tenho de ter os pensamentos alheios compartilhados. O que me incomoda deveras:

1) Neguinho acha que ele é o dono de um gosto musical universal e toca seu funk da bicicletinha em último volume e sem colocar fones. Sim, no viva voz. Tá certo que certos fones nem filtram o que o cafuçu ouve e vaza para o ambiente, mas colocar o som maldito no viva voz é muita sacanági.

2) A amica acorda às 6 da manhã, toma seu banho de beleza e como tá atrasada, taca uma porrada de creme Kolene na cabela e sai. Só que às 8h ela ainda tá no busão e pescando, de um lado pra outro e de trás pra frente, encosta na janela, na cálega do lado e em cada superfície encostada, deixa sua marca branca. Gentiz, pelo amor de Deus, creme para pentear ou leave ins são para passar pouco e por favor, se é pra comprar creme, vamos escolher pelo menos um que o cheiro não seja tão agressivo à narina alheia. Assim, não precisa usar Kerastase, mas usa um que não seja fedido e usa moderadamente! Com meio pote do creme, o couro cabeludo não respira e o cabelo fica pesado!

3) Fim da picada é tarado do busão. Aquele cara que, se o bus tá vazio, fica secando a lomba das meninas. E quando tá cheio, fica encoxando, se roçando. Um desses dia, senti um cidadão se aproveitando de mim e não tive dúvidas, virei e acertei as partes baixas com uma sacola que eu tava carregando. Tomara que tenha machucado! Outra categoria de tarado que dá vontade de puxar pelo saco e torcer é aquele que fica de pé só olhando dentro do decote das meninas. Ódio desse tipo de parasita!

4) E tem mulher sem noção tb. Com esse calorzinho, o que eu tenho visto de menina de blusinha + calça baixa que fica mostrando uma pança cremosa, que se esparrama sobre a cintura da calça, é brincadeira! Nem falo de gente com roupa inapropriada, tipo macacão jeans colante, microssaia, top megadecotado, umas roupas que parece que foram colocadas a vácuo. Não precisa se vestir que nem a Costanza Pascolato, mas gente, noção e moderação devia vir de fábrica!

5) Compartilhar a vida com terceiros via celular. Só 17 dias, mas já vi de tudo. Gente brigando com o namorado de chorar (dentro do ônibus), gente gritando com mulher/marido/filho. Gente discutindo com o cartão de crédito o parcelamento de uma fatura e brigando pq tava devendo. Gente contando pra amiga que ouviu no busão que uma moça tava contando em voz alta pelo celular que tomou uma justa causa pq a câmera do circuito interno a flagrou funfando com o cálega de repartição. E o povo com voz estridente? Chego no trabalho com dor de cabeça.

O que eu acho mais engraçado/interessante é que eu tô demorando pra me entediar.
Tipo, hj eu to cansada de andar de ônibus... Mas cara, hj é sexta, descanso dois dias e só vejo o combo motorista/cobrador na segunda... Não adoro, mas me gusta mucho!

22 julho 2010

PIEGAS

Pelo visto, esta será uma semana de grandes contradições.
Comecei o domingo com muita raiva.
Segunda eu estava com um pouco de raiva e um tanto grande de tristeza.
Na terça, a coisa estava mais para decepção.
Ontem, eu estava muito sentimental.
Hoje quero entornar uma garrafa de Absolut inteira.
O que será que a sexta-feira reserva para esta pobre mortal?

Piegas 1: Home is where the heart is. The Wizard of Oz, muito clássico!

Piegas 2: If home is where the heart is, then my home is where you are. Alguém, muito fofo!

19 julho 2010

DIÁLOGO DO FIM DE SEMANA

A idiota liga, toda felizinha, para o cafuçu.
"Oi, como vai, tudo bem, bla bla bla whiskas sachet conversinha fofa"
Eis que chega um momento chave na conversa:
A idiota: Estou inclusa nos seus planos para o sábado? *ainda toda felizinha
O cafuçu: Não.

Cri Cri Cri
*silêncio constrangedor*


O cafuçu: Tudo bem?
A idiota: Tudo. Beijo e até mais
A vontade real era de mandar um #beijoeatenuncamais.
Mas pensando bem, de quem é a culpa?
Da idiota, claro.
Quem tem muita esperança na humanidade tem mais é que tomar no furébis mesmo e a vida real mostra que para o muso virar um gordinho idiota qualquer não precisa de prática nem tampouco habilidade. Basta ser ele mesmo...

Nota mental: E não é que o Polvo do meu sonho (o do post anterior) acertou em cheio?

15 julho 2010

O POLVO

Estava relendo o meu mapa astral.
A pessoa que eu sou é realmente uma coisa preocupante para quem convive comigo. Um dos fatores que mais me inquietam é um tal de "imaginação doentia".
Sério!
Outro dia, sonhei com o polvo Paul me dando conselhos a respeito da minha vida amorosa!
Ele ia nas caixinhas e escolhia um papelzinho que me aconselhava o que fazer na situação afetiva na qual eu me encontro...

Dá um pontapé nas nádegas do besta, cálhega!

E assim, o polvo não só escolheu o papelzinho, a caixinha, mas também leu pra mim o que estava escrito!

Yes, eu tenho problema mental!

TRÊS MESES DEPOIS...

Só pra tirar o pó do blog...
Um pouco de latinidad ultra caliente...



Pra mim, homem tem de ter cara de macho...

Queria muito um Javier Bardem para chamar de meu, mim, comigo, em cima de mim... :-)
E ele, megavilhoso, gato, lindo, tesão, bonito e gostosão, casou com a Penelope Cruz q eu, sinceramente, pegava com gosto e com muito agrado. #vickycristinabarcelona, oi?