07 abril 2009

KRISTAL

Relevem o nome brega, pq ela veio assim, com esse nome com K, do criador.
Disse ele q ela recebeu esse nome pq era a mais frágil da ninhada, e que era a ninhada K do canil.


Explico: tem criadores que colocam em todos os filhotes de uma mesma ninhada nomes com as mesmas iniciais. Assim, na 1a. ninhada do canil, todos os nomes com A, na 2a. com B e assim por diante.
Pois a minha Kiki nasceu na ninhada K, entre Kevin, Kimberly e Kiara.

Minha Kiki tem 9 anos.
Desde os 8 meses, sei que ela é displásica.
Com um ano de idade, foi castrada e há um foi submetida a uma segunda castração pq a primeira castração, a vet fez como o nariz dela.
Só que nessa segunda castração, que foi feita com uma vet em quem confio muito, ainda sobraram coisas.
Minha Kiki vai ter de ser operada novamente.
Só que há uma semana descobrimos que a Kristal tb é diabética.
E mais uma vez, eu sinto que não nasci para isso.
Para ver meus cachorros sendo tirados de mim.
Para ver meus cachorror enfrentarem essas coisas.
Para espetar meus cachorros, encher meus cachorros de remédios e ainda brigar quando eles fazem coisas de cachorro.

Pois bem, duas vezes por dia Kiki recebe aplicações de insulina.
Sem reclamar, sem fugir nem nada.
Ela simplesmente deita de barriga para cima e espera o geladinho do álcool e o quente da espetada.
Vira e mexe, ainda de barriguinha pra cima, ela lambe minha mão e olha com aquele olho de Border Collie.
A gente faz um nariz-com-focinho e eu peço um beijo.
E ela lambe a ponta do meu nariz, como eu ensinei há mais de oito anos atrás.

Eu sofri quando ela teve o diagnóstico, muito mais do que ela que não entendia pq eu segurava a radiografia e chorava.
Eu sofri quando ela teve o primeiro diagnóstico de piometra e foi castrada.
Sofri tb com o segundo diagnóstico de piometra e estou de coração partido com a terceira.
Chorei as duas noites que ela teve de passar a noite internada por causa do diagnóstico de diabetes.
É na pele dela que são aplicadas as injeções, as agulhas, o soro, os remédios.
É ela quem está passando por tudo isso, mas ela não chora nem reclama da vida.
Ao contrário.
Ela acorda feliz, sobe e desce as escadas feliz.
Ela fica feliz quando come, quando recebe atenção, quando chego em casa, quando nós subimos para dormir.
Ela fica feliz quando chamamos o nome dela.
Ela gosta de ser Kristal, Kiki, Kibikinha, Bibica, Kristalzinha, Bonecão, Pequeno Cão Branco.

Eu quero cães pra sempre.
Eu queria ela pra sempre na minha vida.
Eu quero que ela fique bem, sempre.
Se der pra ser amanhã, tô dentro.
Se não der, quando eu chegar em casa tem um focinho esperando o meu nariz.

2 comentários:

Alana disse...

Oi Adriana!
Nossa que texto lindo!
Eu gosto muito de bichos, gosto de cães, mas minha paixão mesmo são os gatos, e também fico muito triste quando eles adoecem...
São amigos "mais fofos" de todos os dias...
Abraços

Giane Carvalho disse...

Chorei.
Tb tenho uma cadelinha que viu a cara da morte várias vezes. Está lá, não muito firme, tadinha... mas está e sempre com aquela carinha meiga, ensinando a gente a ser forte apesar dos pesares.
Bjo