18 outubro 2010

O MUNDO ANDA TÃO COMPLICADO

Mais uma música alusiva.
Andei relendo meu moleskine e percebi que a minha grande problemática com "aquele-que-não deve-ser-nomeado" reside na priorização dos sentimentos. E que essas questões, que acabam tomando dimensões desnecessárias, sempre são levantadas por acontecimentos pequenos, que acabam nos dando a proporção real das coisas.
Por exemplo, foi em uma conversinha banal, sobre o Twitter, que eu soube que é preferível que eu não faça alusões nominais a respeito de "aquele-que-não deve-ser-nomeado", com quem tenho convivido há, pelo menos, seis meses de forma bastante intensa, porque isso pode "magoar" uma terceira pessoa. E ser podada, censurada, reprimida, não magoa? Ou seja, mais uma vez, os meus sentimentos ficaram em segundo plano. E tudo isso por causa de uma bobeira, pq eu realmente não pretendia mencionar nominalmente "aquele-que-não deve-ser-nomeado".
E conversinha por conversinha, assuntos vão surgindo.
Por exemplo, o fato de "aquele-que-não deve-ser-nomeado" dizer que não vai deixar de fazer coisas/aparecer comigo em locais em que ela poderá estar. Como "aquele-que-não deve-ser-nomeado" bem disse, nada a ver resolvermos dar um rolê de carro "coincidentemente" no bairro onde ela mora. Mas também, deixando a oportunidade de fazer média de lado, fica a dúvida de que tipo de local poderíamos aparecer juntos e nos exporíamos aos olhos dela... Será que ela pretende aparecer na minha casa para o chá das 5?
Pelo que entendi até hoje, eu e ela somos bem diferentes e devemos ser bem diferentes na forma de nos divertir. Eu sou caseira, não bebo e não me orgulho em "causar" nem fico indo a baladas na ZL (fui algumas vezes ao Stones, a última no ano passado), as únicas baladas q posso dizer q algum dia cheguei a ir com frequência foram o Café Piu Piu, o Morrison e o Nias. Tudo na Zona Oeste (o Piu² no Centro), não gosto de Vila Olímpia e nem de Vila Madalena, não gosto de raves, de baladas eletrônicas, nem de forró ou pagode.
Eu gosto de cozinhas diferentes, restaurantes diferentes e parece que esse nunca foi o forte dela. Tenho me interessado por culinária e por conta disso ando mais caseira ainda. Gosto de cinema, de teatro e de exposições, mas nem para esses pequenos prazeres ando tenho tempo. Então não entendo como seria tão cabível prever que eventualmente eu trombaria com ela na companhia de "aquele-que-não deve-ser-nomeado".
E vamos combinar que se o capote que ela levou de "aquele-que-não deve-ser-nomeado" foi realmente traumático, quem disse que dois meses resolvem? Meu último pé na bunda sério levou mais de 8 meses para ser contornado e exigiu um tanto grande de paciência da minha mãe e das minhas amigas.
Espero que minha inteligência e capacidade de associação não sejam mais subestimadas.
Agradeço.

FATO: I know that I should let go, but I can't.
Kate Nash, Foundations

Nota mental: Se não comentei não quer dizer que não pensei a respeito.

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