06 outubro 2010

ENTREGA

Um dia ele me disse que não temos mais 15 anos e podemos lidar com a independência alheia no que diz respeito a sair sem o outro. Mas ao mesmo tempo, tanto eu como ele temos inseguranças que me fazem pensar no quanto ainda somos adolescentes (ou pelo menos eu sou), no quanto tenho medo dele perceber que eu não sou tudo isso, no medo absurdo que eu tenho de perdê-lo, no quanto ele é a melhor companhia do mundo até para fazer nada, no quanto é bom acordar e ver ele do meu lado, no quanto eu gosto dele e da nossa história, apesar do começo levemente gauche...

Ontem tivemos outra vez uma DR, e nem as DRs com ele são ruins! Ele estava se despedindo quando se sentou na escada e começou a falar dele, de como ele se sente em relação a mim e de como ele me acha melhor que ele, do medo dele de eu me cansar de nós, do que ele imagina para nosso futuro - e como é bom ouvir dele algo como "meus planos para nós são a longo prazo" ou que "não sei se é por conta dessa paixão imensa que eu sinto, mas me parece uma ótima ideia dormir e acordar com você todos os dias".

O fato é que se ele se entrega cada vez mais para mim quando se abre, cada vez que ele faz isso eu me sinto mais dele do que já sou.

Nota mental: Oi, apaixonadinha?

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