20 setembro 2010

INTEGRALICES

Depois de passar uma semana comendo arroz japonês, no domingo voltei ao arroz integral.
E cheguei a uma conclusão: eu como arroz integral porque alguém me disse que faz bem, não porque eu efetivamente goste.
Para falar a verdade, nem de arroz eu gosto tanto, mas enfim...
Depois, pensando bem, percebi que a maioria das coisas que eu como são assim: sempre tem uma versão mais apetitosa, mas eu sempre acabo optando pela que faz bem. Não que não seja bom, mas por favor, qual a graça de uma batata cozida perante as Aussie Fries, a mítica batata frita com queijo e bacon do Outback, por exemplo?

Sem comparação!

A minha forma de amar também meio que segue essa lógica 8 ou 80.
A gente faz experimentações e aprende. Eu sempre fui muito dramática. Da última vez que eu amei do jeito que eu gosto, meio suicidamente, sem limites e sem travas, fez muito mal e por causa disso, aprendi a alimentar o amor de forma mais saudável e equilibrada. Mas as experimentações mostratam que o que me apetece mais é a coisa descontrolada, que até pode te fazer mal em certa medida mas te oferece uma saciedade muito maior.

O que fazer?
Alimentar o corpo e o espírito de uma forma insandecida (Aussie Fries e pururuca todos os dias), ser feliz mas depois pagar o preço em colesterol ruim, banha acumulada e crises de choro? Ou ser saudável, equilibrada para depois ficar choramingando que prefere arroz branco a arroz integral e que a relação insossa tranquiliza mas não sustenta?
Por que o meio termo tem de ser sempre tão complicado?

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