26 julho 2010

NÃO É FÁCIL...

Romper com pessoas que você considera importantes na sua vida é sempre difícil.
Tá certo que não tive grandes traumas nesse sentido, mas eu fico muito mal quando alguém de quem eu gosto de verdade passa a não fazer mais parte da minha vida.
Lembro que aos 16 anos, eu namorei meu melhor amigo. Assim, era o cara que estava sempre ao meu lado, estudávamos na mesma sala, almoçávamos juntos, estudávamos juntos, treinávamos volei juntos, andávamos abraçados, de mãos dadas e eu achava ele o máximo, mas assim, amigos... Só que um dia ele me contou que a maior vontade dele era me beijar, e aí a burra deixou rolar. Aí eu me apaixonei, namoramos por seis meses e ele decidiu que não ia dar certo. Foi algo que me fez levar 5 anos até me apaixonar de novo.
Quando o colegial terminou, me deu um aperto no coração, porque cada um foi para o seu lado. Uns para a Engenharia, outros para a Odontologia, outros para a Administração, Arquitetura, Direito... Assim, a gente não ia mais se ver todos os dias. Alguns sim, mas por exemplo, só eu, da turminha mais próxima, entrou na FEI... Os outros eram mais inteligentes que eu e entraram na USP. Entre o último dia de colegial e o primeiro de faculdade, eu me sentia uma das criaturas mais infelizes do mundo.
Aí a gente entra na faculdade e conhecer novas pessoas. Novos amigos, com os mesmos interesses que você. E a vida vai ficando menos escura. Só que, três anos depois, você tem a certeza de que escolheu errado. E o que faz? Recomeça. Mais seis meses de MUITA tristeza (mas foi muita mesmo) indo para o cursinho, estudando que nem uma louca e dessa vez, passando na USP. E entrei para um grupo de jovens. E fiz um novo melhor amigo, com quem eu encontrava todo o fim de semana, encontrava para almoçar (ele também estudava na USP), à tarde e no final do dia, ainda nos telefonávamos para conversar.
Um belo dia, ele desmancha da namorada (ele conversava mais comigo do que com ela) e poucos dias depois, vira para mim e fala: "Estou apaixonado por você". E eu não estava, mas gostava tanto dele como amigo, como pessoa, que sabia que se eu dissesse não, a relação se romperia na hora, mas que eu podia tentar. E a gente tentou, de novo eu me apaixonei e dois anos depois, de novo, eu entrei com a bunda e ele, com o pé. As circunstâncias desse rompimento foram um pouco mais complexas do que o simples "não te quero mais". E foram mais 5 anos até eu conseguir superar o moço - sei lá se totalmente, às vezes acho que se esse cara, ou aquele dos meus 16 anos, aparecesse na minha frente com uma proposta indecente, se eu diria não.
Foi quando eu conheci meu ex-marido, que nunca foi aquela coisa do sangue ferver. Mas eu estava muito cansada do meu sangue fervendo, sem contar que eu sempre gostei (gosto) muito dele e em quem confio totalmente, para quem eu daria a mão, fecharia os olhos e pularia no escuro. Foram 7 anos muito bons e 9 meses ruins, os 6 últimos muito ruins. E dessa vez, quem tomou a iniciativa fui eu. Pelo menos ainda somos bons amigos, mas foi muito difícil. A gente tem de fazer o que a gente tem de fazer, mas passamos quase 8 anos juntos e as grandes transformações, algumas vitórias e algumas perdas que aconteceram nesse tempo, ele estava do meu lado, sempre.

Eu dar a esse post um grand finale maroto, mas não consigo. O fato é que eu estou às vésperas de mais um rompimento. E apesar do pouco tempo, é tão complicado quanto os outros. Talvez pior, porque a situação arrebenta com tudo o que eu acredito em relação a relacionamentos, subverte coisas que me são muito caras, rompe com meus princípios e me rebaixa (calma, não me enrolei com nada que envolva a criminalidade). É muita falta de consideração, de respeito, de palavras da boca pra fora e de promessas não cumpridas. E ainda assim, é tão difícil...

Nota mental: Promessas foram feitas para serem cumpridas. Dia 10 de agosto tá aí.

Um comentário:

Ariett disse...

A gente realmente devia conversar e trocar experiências de vida...